- Retrato!
Embalado nos sonhos da saudade estou recordando um amor!
Simples sereno e avassalador, chegou devagar e fincou pé!
Caricias e desejos satisfeitos e tudo na maior alegria e doçura.
Nem tudo era mar de rosas, ela tinha, assim como eu, defeitos!
Perguntando, quem não os tem? Faz parte do viver. Coisas normais.
Sustentado nesses pensamentos recorda-me as advertências simples,
Não beba muitas cervejas, nada de cigarros e caminhar é a vida!
Nada disso era uma determinação, apenas apelos de desejos de vida.
Ela ria e promessa fazia, mas no escurinho cigarros tragados rápido.
Escondendo de quem, o cheiro fica no corpo, na boca e na roupa.
As coisas estavam piorando, mentiu uma vez se torna um mentiroso.
Pedia e apelava e nada adiantava, veio à doença, e cabisbaixo fiquei.
Tantos apelos e questionamentos, por que não coloquei mãos de ferro?
Hoje carente e solitário só resta-me um contentamento, seu “retrato”!