ROLA-MOÇA

ROLA-MOÇA

Mas de que maravilha estão falando?

Não por acaso nunca vimos ter

Com verdades passadas, a saber:

A questão já nem mais é quanto, é quando!

Um vento frio vai me trespassando,

Enquanto olhos insistem só em ver...

Qual claridade buscas conhecer

Na névoa muito além se dissipando?

Pensa n’isso como se um desabafo

Que, malgrado tardio, te tatuaram

Qual poesia que à flor da pele grafo.

É bem verdade que essa vista acalma.

Mesmo porque os abismos nos ecoaram

A história antepassando por minh’alma.

Brumadinho – 06 02 2006