Há tempos à frente do tempo
Era de uma libido farta
Embebida numa atmosfera de liberdade simplória
Ser simpática, doce e libertária era sua imensa glória
A hipocrisia das palavras não habitava em suas cartas
Suave era a calma de seu semblante límpido
Bastava a ela um olhar, um sorriso de ímpeto
Para tal beleza não sabiam qual era o melhor epíteto
Apenas a invejavam e entravam em surto clínico
Felizes eram aqueles que sua alma bebia
Retornavam felizes e urravam
E se vangloriavam
De tão nobre valentia
Era brilhante, à frente do seu tempo
Opúsculo de si mesma, completa
De simplicidade esperta
Nada a demovia do seu intento.
Alexandre Melo