- Otário!
Acordar e correr para o trabalho, sua luta diária, até aos sábados.
Levantava às seis horas, o sol estava começando os primeiros raios.
Tomava sua ducha fria, o chuveiro estava com a resistência quebrada.
Iria comprar no fim de semana, qual?! Estava sempre duro...
Pegava na geladeira a marmita que a mulher lhe preparava.
Comida simples, mas gostosa! Pensava ele. Que mulher dedicada!
Tinha uma admiração por aquela que cuidava dele. Sempre telefonava.
Queria saber quando chegaria a casa, falava sempre preocupada!
Era hábito telefonar para casa, trabalhando longe pegava conduções.
Chegava tarde, o arroz já estava frio e a satisfação era a mesma,
Não se importava gostar para ele era a presença da fêmea. Cheirosa!
Ela fazia questão de levantar cedo ir até o portão e ter certeza da ida.
Um dia descobriu que ela batia panela e os rapazes pulavam o muro.
Sentiu-se um verdadeiro marido de bosta, ou seja, “otário”.