ESSA BAGAÇA
Essa bagaça está me deixando doido.
Foge de mim como o diabo da cruz.
Parece cabaça vazia à beira do poço.
Desse jeito, minha lamparina, não traduz.
Quanto mais corro atrás dela...
Dá linha! Se faz a confusão em meu sonho.
Eu peço a Deus que ela volte bela...
Estou à beira do abismo, tristonho.
Já não consigo fazer nada na vida.
Corro e preciso dessa bagaça...
Meu mundo sem ela é covardia.
Quem sabe de uma pra refazer o poeta?...
Sem ela minha poesia divaga.
Preciso encontrar minha caneta.