Irmã da lua

Eu sou irmã da lua – tenho fases –
às vezes ando bela, resplendente,
na noite estrelejada estou presente,
e todos me namoram, como fazes.
 
Em meio à escuridão me faço ausente,
envolta em véus e brumas, tão vorazes,
que fico triste e muda – perco as bases –
tristeza que ninguém percebe, sente.
 
Às vezes sou tão plena na minguante,
mas, outras, tenho a nova no semblante,
declino quanto atinjo os apogeus.
 
Eu sou assim – irmã da noite e lua –
num tempo eu uso véus, noutro ando nua,
porém, eu sou a mesma, entre os meus eus.
 
Brasília, 24 de Outubro de 2016.
Caixa de Pandora, pg. 13
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 24/10/2016
Reeditado em 26/08/2020
Código do texto: T5801443
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