CONFISSÃO
Enquanto a alma passeia pelo infinito
meus olhos percorrem os arredores da cercania.
A folhagem em cadência, reverencia o vento
que passa alvissaneiro a cantarolar contrito...
Esse balançar constante, parece canto de ninar
tremulando capinzais, a perder-se em pradaria.
Mas minh'alma está distante - no infinito -
ainda envolta em pranto de choro lento
que a faz desligar-se de mim e do olhar
para desvendar outros universos, o do perguntar
" porque te fostes de mim... éramos um só pulsar?..."
D'onde me sento, a visão me faz tudo admirar
Vejo a beleza do lugar mas não consigo juntar
olhos à alma, que está perdida a te procurar...