Um soneto estranho

Um branco morto num cinza vivo

Cores mortas vejo e respiro

Cada um que passa torna o meu dia mais ativo

Cores caladas num breve suspiro.

Manchas na parede com tinta azul

Vermelho-rei talvez há de florescer

Possamos ver a silhueta de um corpo nu

Admirável sol somente solto no amanhecer.

O que é temido por mim e por ti

Seres rastejantes e talvez venenosos

Cores mórbidas num silêncio claro.

O desconforto nos mantém aqui

Amedrontados e possivelmente orgulhosos

Das cores vivas num ambiente sem amparo.

Gafeso
Enviado por Gafeso em 23/10/2016
Código do texto: T5800351
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