Soneto rosas ao chão

As águas percorrem o esboço de um rio

Banham as rosas colhidas ao chão

Esquecidas pelos não-poéticos colhedores

Colhidas ao chão!

Acontece sempre, inevitavelmente sempre

A conquista das rosas e o prazer do corpo

O esquecer das rosas e o prazer dos sabores

Rosas colhidas ao chão!

Quanta ilusão da feminilidade

Ao deparar-se com aquilo que desejam ouvir

Promessas ao chão!

Tua exposição incansável e vaidades

Atraem espinhos de cravos sedentos

E eu, serei o colhedor poético, a não te esquecer no chão!