PÓS-MIM
PÓS-MIM
Pois quando eu deixar este mundo, enfim,
Nada terá mudado... Tudo em vão.
Mesmo tentando o ver melhor, senão
Qual sentido em ter existido assim.
Assim: Ensimesmado... Porque, sim,
Nunca foi fácil ser quem eu sou não...
Mas talvez uma luz no coração
Se acendesse se houver algo pós-mim.
Não que temesse a morte, mas a vida
Se sem qualquer sentido for vivida
Acabará no nada em que existiu...
Se ao menos encontrasse esse sentido,
Mesmo que tarde já, terá valido
Ter sido alguém que tanto em si sentiu.
Belo Horizonte – 10 20 2001