(Des)pedir...
Des-pedir
É não esperar e nem premeditar
É aguardar o inesperado sem se iludir
Num canto, de um encanto pra se acreditar.
Que nada eu peça
Num tanto que a natureza me traga
E o que fomenta, nunca eu me esqueça
Do absoluto há beleza que não se estraga
Não me limito a terras vistas
E as mudanças que tanto me cobro
Levam-me ás fotografias d'alma deflacionadas.
Tal pensar abarcar-me-ia
Não fossem os desejos contramanobra
Que se achegam inundando-me.