...aves-de-guerra
“O homem possui dois olhos por fora e milhões de olhos por dentro”
(Murilo Mendes)
Ao pó voltaremos...! Eis a nobre regra!
Que regra? Se não há pó do treponema,
Muito menos o pó de arroz no fonema...
Aqui toda teoria do caos se desintegra.
Se o dicto daqui não dicta a dicção...
Morte! Morte! Metástase na metáfora?
Ó pombos-de-chumbo indo porta afora!
Destituindo: cabeça, membro e coração.
Também desmembradas asas das harpias
Por séculos de voos, passados e futuros...
No mesmo presságio do spiritus que pia.
Assim, anjos caídos no gueto do poema...
Bichos sorrateiros em guerra no monturo,
Ó hominis das guerras! Este é vosso tema?
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______ Nossa saga continua meu caro FCunha Lima nesse leve poetizar na mera tentativa de "interpretarmos" a humanitas. Então, meu sincero agradecimento por vossa interação, abraço forte amigo!!!
ANDORINHAS DE RAPINA*
"O homem possui dois olhos por fora"**
E milhões de outros olhos mais internos,
Derivados de langores eternos,
Vindos da sede de matar quem chora.
O tempo deste homem já tem hora,
É frio e triste nestes seus invernos,
Quente ou sinistro, como seus infernos,
Onde a maldade é sua senhora.
Adormecidos, as aves, os animais,
Ou se apercebem do nunca jamais,
Que esta falha natureza ensina.
Ou faz revolução sem se esperar,
E quando a vida vir os vê lutar,
Serão as "andorinhas de rapina"*
*Erasmo Carlos e **Murilo Mendes ajudam-me nesta pequena interação, ao antológico soneto do mestre poeta Gilberto Oliveira 22-01-2017. Fernando Cunha Lima.
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______ Vamos que vamos Mardielli, pois o uni-versus está cheio de olhos... e cada olho tem outro olho dentro... será mesmo? Rsrs! Grato por vossa espetacular interação!
EU SÓ TENHO DOIS OLHOS POR FORA
E SOMENTE UM INTERNO,
E VEJO VISAGENS A TODA HORA
EM TRANSTORNOS DENTRO DO INFERNO