Êxodo
Edir Pina de Barros
Oh! Mar! O tempo passa e permanece,
se tudo muda não transforma tanto,
as tuas águas guardam muito pranto
de dor, que não se acaba, ou se arrefece.
Do tráfico negreiro não se esquece
o banzo, a morte em vida e o desencanto
cantados por poetas - e hoje canto
o lado humano que é mais vil, refece.
Agora, mar, és palco de esperança,
de quem se atira em ti, os retirantes,
que buscam por futuro bom, hilário.
Mas és, também, o túmulo e sudário
dos sem-lugares, tantos imigrantes,
que deixam, para trás, horror, matança.
Publicado no Facebook em 04 de Setembro de 2016.
Caixa de Pandora, pg. 54
Edir Pina de Barros
Oh! Mar! O tempo passa e permanece,
se tudo muda não transforma tanto,
as tuas águas guardam muito pranto
de dor, que não se acaba, ou se arrefece.
Do tráfico negreiro não se esquece
o banzo, a morte em vida e o desencanto
cantados por poetas - e hoje canto
o lado humano que é mais vil, refece.
Agora, mar, és palco de esperança,
de quem se atira em ti, os retirantes,
que buscam por futuro bom, hilário.
Mas és, também, o túmulo e sudário
dos sem-lugares, tantos imigrantes,
que deixam, para trás, horror, matança.
Publicado no Facebook em 04 de Setembro de 2016.
Caixa de Pandora, pg. 54