ACHADOS
ACHADOS
Dizem alguns que versos são achados
E que seja trovar um dar sentido
Àquilo que caminha para o olvido
Em meio a corações desencontrados.
Talvez sejam uns zéfiros alados
A soprar desde os polos o tempo ido
No vento que às auroras tem despido
Após amanheceres neblinados.
O facto é que se escreve ainda versos,
Muito embora os julguem pertencentes
A más neurastenias pré-existentes...
Fragmente inutilmente os eus dispersos
Quem apenas por entre trevas trova
No afã de se achar uma arte nova.
Belo Horizonte – 12 12 2012