Ideal
Minha mente vive no mar,
e meus olhos fitam o monte.
A minha boca viaja no ar
minhas mãos: no barro, na fonte.
Pensamentos voam a vazar,
e a luz ofusca o horizonte,
eu ouço o vento sibilar
e a terra cobre minha fronte.
Solitário e cheio de langue,
e o folgo despido de sorte,
meu corpo de baixo do mangue.
O vermelho escorre do corte;
Na praia de areias de sangue
o mar celebra minha morte.