A Madrugada

Há noites em que me entorpeço buscando a lua

E quando branca surge ela clareando-me o rosto

Anseio compreender, desvendar o seu gosto

Na madrugada fina, infinitamente linda e nua.

Ai! De estrelas que cintilam suaves

E sob o céu, as cadentes são aves

Noturnas que se ostentam em riscos

Talhando o céu com dourados rabiscos

A imensidão é som, é suspiro conciso

De um coração que enlevado te sente

Sob o céu negresco, tablado, dormente

Me silencio, me excedo celeste a admirar

E as estrelas que flamejam e faíscam contentes

Sobre mim são olhos bentos e sacros a abençoar.

AndreaCristina Lopes
Enviado por AndreaCristina Lopes em 08/10/2005
Reeditado em 23/11/2010
Código do texto: T57952
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