soneto adverso
observo os servos
da palavra coletando
no mosaico do silêncio
as suas visões gritantes
afago os afogados
espargindo naufrágios entre
os arrecifes do medo
de não (se) partirem da ilha
e trago turvo e tantra
a espontaneidade dos loucos
em sua alegria ilógica
sou nuvem e pedra raio
decúbito dorsal do verso no
contrafluxo de qualquer modelo