CADÊ A LUA?
A tarde vagarosamente se despedia...
Sombras desciam cobrindo montes além.
Vinha a noite, seus mistérios, menos um dia,
na contagem do viver, de todos nós, amém!
Pontinhos luminosos, tímidos, aqui e acolá
começavam tingir o céu. Eram estrelinhas
que surgiam ocultando todo negror de lá,
em auréolas, vaga lumes, tão pequeninas!
Mas, por onde andará a lua que não veio?
Por que será, de mim se escondeu?
Não sabe ela, o quanto tenho receio
de não vê-la mais pra lhe contar
que é de noite, quando tudo vira breu
que fico triste, por não ter a quem cantar?
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E recebi da ROBERTA LESSAA, essa bela interação que agradeço de coração!
Ah essa lua... tão descabidamente mútua e tão sua
Ah essa lua... tão desorientadamente sua e tão nua...
Ah essa lua... tão desavisadamente nua e tão ingênua...
Ah essa lua... tão desgovernadamente ingênua e tão perpétua...
Ah essa lua... tão desafinadamente perpétua e tão contínua...
Ah essa lua... tão desapegadamente contínua e tão inócua...
Ah essa lua... tão desatentamente inócua e tão mútua...