A dor do poeta
Quando a nuvem tem forma de carneiro,
Olhamos deitados na grama para a mata,
Lé vemos uma lagartixa, ou uma aranha,
Mas uma brisa, um vento bate costumeiro
Nos cabelos, e grilos insistem numa barata
Música de mato, assim, versando, arranha
A garganta do poeta, mas há uma arte,
Uma música, um poema, uma poesia, e
Vou viajando nessas imagens destarte
E fico preso entre quatro paredes, se
O meu peito esbanja o amor de poeta,
É que sou livre como um pássaro voador,
Então cesse essa prisão, eu sou esteta,
Quero a liberdade, que pare a minha dor...