Ante a opacidade de meu luto!
Sabem as coisas indizíveis e tortas,
Custas de uma vida sua roubada,
Seres diversos da integralidade,
Ondas do desamor contínuo, sem rumo!
Vidas sem luz e sem sentido, rotas,
Coisas inúteis e eu no desamparo,
Direitos impedidos, nulos dos mudos,
Da pertinência de todos imolados!
A aventura e desventura de perdedores,
Cheios de dor e gritos, lágrimas negras,
Usos de quem não nos merece, ou não!
Sem forças, sem vontade, ou paz,
Seguir para onde for os quereres,
Ante a opacidade de meu luto!