JOGO D'AZAR
JOGO D’AZAR
Esses teus modos sempre tão joviais,
Já nem sei se os admiro ou se os reprovo.
Só sei que estarrecido vou de novo
A estranhos entregar meus cabedais.
Se aposta por fim foi alta demais,
Perdendo eu nem sequer mais me comovo.
O risco sempre existe, velho ou novo,
Mas o ardor de teus beijos, nunca mais!...
Entrei n’este carteado sem cacife
E saio escorraçado igual patife
Que mesmo a perder tudo ainda insiste.
A vida continua e eu estou vivo,
Mas de todas as coisas que me privo
A tua companhia é a mais triste.
Belo Horizonte - 02 08 2012