SENHORINHA

SENHORINHA

Ainda que aborreça hoje às mulheres,

Não me furto a chamar-vos de Senhora.

Ou mesmo senhorinha como agora,

A caminhar em meio aos malmequeres.

Cá em Minas, desde a época do Alferes,

Não se vê mulher mais encantadora!

Apenas sinto o quanto me enamora

Quem me vem com vastíssimos poderes...

Servo revosso, exalto aos quatro cantos

Da bela senhorinha meus louvores,

Até o pormenor d’estes encantos.

Dai-me, Dona de mim, vossos favores.

Certo de que após tantos entretantos

Somente uma Senhora faz senhores.

Ouro Preto - 29 09 2009