ENTRETANTO
ENTRETANTO
Não teria outro fim senão a morte
Quem quer que ousasse amar como eu amei...
Pois, apesar de tudo o que passei,
Sem ela, nada há já que me conforte.
Posso culpar os céus por minha sorte
Ou clamar em contrário à dura lei,
Que inadvertidamente desafiei
Em nome d'esse amor sempre mais forte.
Agora, meu desejo é meu algoz...
Arrastando os grilhões de tantos erros,
Aguardo minha pena preso a ferros.
Como quem lhe aborrece a própria voz,
Silencio estes ais dentro do peito
Na solidão que, bem ou mal, aceito.
Belo Horizonte - 22 08 2012