Multirrimando
(Para Raquel Ordones)
Aceitei o desafio que a mim mesmo propus,
Jamais compus um poema com tal dificuldade.
Em verdade vos digo que este esforço traduz,
Pra quem faz jus, uma prova singela de amizade.
Minha filha poderia ser, digo pela idade,
Eis que me invade só em pensar doce ternura.
É dura a empreitada, mas me traz felicidade,
Uma veleidade que tem gosto de aventura.
Pura homenagem que a muito custo estou prestando,
Duplicando as rimas como é do seu feitio,
Desconfio em piso arredio estou pisando.
Quando em rimas tortas deixei claro o meu louvor
Pelo labor dos teus belos versos, que nos dando,
Vais dignificando a poesia e o amor.
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Agradeço envaidecido a interação do poeta fcunhalima
J.COM LETRA GRANDE
Nesse verso rimado e multirrima,
Na rima interior dá seu recado,
Rimado, em fugir do pé quebrado,
Sempre versado como o vate ensina.
E determina que seja rimado,
Localizado através da rima,
Enchendo o poeta de autoestima,
O reanima a não seguir calado.
Este poeta, vate genial,
Letra discreta sensacional,
Ao natural o seu verso se expande.
Um mestre pela sua poesia,
Sendo grato dou graças ao Garcia,
O nosso menestrel com JOTA grande.
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O amigo e poeta Stelo também veio se juntar a esta homenagem
que fizemos à excelente poeta Raquel Ordones
Garcia menestrel com Jota Grande
Embala seu presente num soneto
Fernando Cunha Lima então expande
Transforma a homenagem em bom dueto
Lá vem este enxerido mensageiro
Metido a rimador mas pé quebrado
E aqui fazendo as vezes de carteiro
Inventa a se meter sem ser chamado
Espero dos ilustres o bom perdão
Pela impertinente incursão
E aceito seus castigos mais perversos
Ocorre que este reles portador
Também é grande admirador
Da musa inspiradora destes versos.