COISA COM COISA

COISA COM COISA

Não disse nem sabia o que dizer.

Como concatenar, enfim, as frases?

O certo é que fendidas já as bases

Mais nada explica... Não há mais saber...

Todo discurso diz o que quiser:

Lunáticos conforme suas fases...

Sem absolutos, restam só os quases.

E as interpretações de cada ser.

Nomeio, mas o mistério permanece...

A verdade seja já qualquer uma

Desde que repetida como prece.

Se falar do intangível dessarruma

O facto que o abstracto ora obstrui.

Disse coisa com coisa? Não, não... Fui!

Belo Horizonte – 06 04 2007