Amigos?
Amiga! Ela apenas quer ser minha amiga!
Porque ela recusa a momentânea felicidade?
Porque não se importa com a sensibilidade
Indescritível que à nossa aproximação obriga?
Como só amigo me sentirei numa ilha,
Sem poder buscar o abrigo nas pomas,
Fingindo que não sinto os seus aromas,
Recusando ver o que no seu olhar brilha.
Quero saber se em nossos toques ainda há eletricidade,
Se ainda podemos trocar carícias que extasiam,
Para podermos distinguir o sonho da realidade.
E, aí sim, afirmaremos com naturalidade,
Que as boas lembranças que nos assediam,
Só revelam a afeição de uma grande amizade.