ALFORRIA
ALFORRIA
Que meus versos não sirvam a ninguém,
E que mais nunca os prendam a cadenas!
Não careço de senhores nem mecenas,
Tampouco espero d’outros qualquer bem.
São lumes que não sabem a que vêm
Estes versos que escrevo a duras penas.
Se de mim para mim servem apenas,
Serão de quem quiser lê-los também.
Passado o cativeiro, porém, ando
Serras e terras vãs atravessando
Tão-só pela alegria de escrever.
Alheio aos privilégios dos perversos,
Estejam por direito os meus versos
Livres para que todos possam ler.
Betim – 17 09 2007