Hipersoneto à Rosa

Oh! Rosa muito amada, tu és meu cheiro

Começas quando dentro de mim fulges

O teu olor, um mar! Eu marinheiro,

O qual navega em ti quando em mim urges.

Rosa minha, o teu mar em nós perfuma,

Suas pétalas que orvalham ao me ver,

Assim dizes em verso, e na prosa uma

Vida que o encontro veio então viver.

Mas todo o mar de rosas tem espinhos

Sabem o poeta, o sábio e até o tolo...

Todo o amor é um mapa do caminho,

- Também remédio da alma e o seu consolo -

Ao paraíso, oásis que há no coração...

Se esse mar tem espinhos, vou singrar,

Levado pela estrela azul no peito,

Com coragem, e mesmo se arranhado

Por teus espinhos, há de haver o amar,

Meio a nossa dor, vale ser amado!

Das feridas que vêm junto a paixão,

Tentando não morrer pelo sangrar,

Rosa, inspiras o amor de qualquer jeito!

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 09/10/2016
Reeditado em 09/10/2016
Código do texto: T5786147
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