Eu sou poeta e não qualquer coisa

Se houvesse um amor que eu tivesse

Por uma flor, uma fada, um anjo, não

Existiria o meu amor, porque só há o

Verdadeiro sentimento quando se

Existe enquanto concretude, o coração

É alguém deste mundo, talvez, ao nu

Me ver o leitor, não me entenda poeta

Porque eu amo o inexistente e jamais

Amei a matéria, assim que nesta estética

Se perceba que o humano e os tais

Semelhantes, por assim dizer, não fazem

Diferente, o amor neles é religioso, por

Isso o amor nas pessoas é Deus, jazem

Nas cruzes humanas os amantes, eis minha dor...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 08/10/2016
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