VIGAS MESTRAS
Qualquer amor não me teria por completo,
Não fosse a minha insistente escuridão!
Ao retirá-lo das duras vigas de concreto...
Pilastras mestras...da minha sólida solidão.
Ao vão amor... jamais daria tanto afeto!
Não fosse a minha delirante distração,
Que pelas frestas do meu peito em desatino
Me permitiu dilacerar meu coração.
Nenhum amor me levaria...com certeza!
A percorrer árduos caminhos de aflição,
Eu fecharia qualquer fresta com presteza...
Não remaria nos meandros da paixão!
Hoje aprendi...eu já vislumbro com clareza,
Nenhum amor...de mim teria compaixão.