MONTE PARNASO
MONTE PARNASO
Sabe-se lá como isso começou,
Mas quem lá vive vive a fazer versos.
Para após recolher papéis dispersos
Nos quais registra tudo o que pensou.
Apolo mais as musas que encontrou
Têm conduzido o poeta entre perversos.
Concebendo-lhe este e outros universos
Através das estradas onde andou...
Pena é ver este como tantos poetas,
Que em tão grande conta tem os versos seus,
Se entretendo, entretanto, igual sandeus
Tudo por ignorar que são porretas...
Sem embargo, quem for poetar faça antes
A viagem ao Parnaso de Cervantes!
Belo Horizonte – 15 10 2005