Te substituo, te desamo, te enterro
Uma lembrança sempre me cerca,
Pendurada num varal de fotos velhas,
A luz do sol bate tênue sobre você,
Ao olhar sua foto tremo de desejos!
Como louca, procuro você no varal,
Quem sabe se há outra foto? E nada,
Sempre vou para meu inverno interior,
Mas pouco de ti se fixou, um horror!
Abro tecidos antigos e sinto odores,
Queria sentir seu cheiro obsceno,
Tudo que era seu se foi com o tempo!
Abro as janelas para a luz do dia entrar,
Quem sabe qual ar entrará agora,
E até te substituo, te desamo, te enterro!