Em colapso minha poesia.

Olhando para tudo que escrevi,

É intensa a vontade de apagar.

Porque escrever é um vício triste!

Muitas vezes até chega a sufocar.

A felicidade se esvai por um triz!

Logo, a sensibilidade vira um fardo.

Que por ser demasiadamente pesado,

Faz de quem escreve um eterno infeliz.

Se já não bastasse o excesso de poesia,

O inverso me leva a uma intensa nostalgia!

Chega a desgastar-me por completo o vácuo.

É que são demais os colapsos da poesia!

Quando não tem é-se escassa demais,

E quando se tem é sempre em demasia.

NUNES, Elisergio.

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 07/10/2016
Código do texto: T5784350
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