Em colapso minha poesia.
Olhando para tudo que escrevi,
É intensa a vontade de apagar.
Porque escrever é um vício triste!
Muitas vezes até chega a sufocar.
A felicidade se esvai por um triz!
Logo, a sensibilidade vira um fardo.
Que por ser demasiadamente pesado,
Faz de quem escreve um eterno infeliz.
Se já não bastasse o excesso de poesia,
O inverso me leva a uma intensa nostalgia!
Chega a desgastar-me por completo o vácuo.
É que são demais os colapsos da poesia!
Quando não tem é-se escassa demais,
E quando se tem é sempre em demasia.
NUNES, Elisergio.