O poeta legítimo
Eu canto porque o recanto existe,
Se sou calmo ou furioso, se o amor
Encanta ou desencanta, disso eu
Não tenho a certeza, se insiste
A palavra em dizer da eterna dor,
Ou afirmar sou poeta, não sei do meu
Coração se a escrita é certa, triste
Ou alegre, eu vou, sei apenas que fica
A escrita neste lugar das letras, amaste
Um deles, ou um deles te amou, a lida
Aqui é escrita ou escrever, assim vou
Cantando e quanto mais canto mais amor,
Se houver uma pena a pagar que eu dou
Ao poeta é na certa uma pena sem dor...