Soneto meu capricho
Eu fui criança cresci sem vaidade
Neste mundo de tanta intemperança
eu sofrera também como criança
Os caprichos da tosca humanidade
Nos verdores da minha mocidade
Eu perdi toda minha confiança
Vi de perto a rústica vizinhança
Debochando da minha castidade
Como artista do povo fui malvisto
De ser puro no mundo eu não desisto
Porque Deus me deu grande resistencia
Quem nasceu pra ser grande e ter quilate
Nunca perde o valor de grande vate
E nem foge do rumo da decência.