NÃO VENDO A ALMA POÉTICA
Hoje amanheci chorando no meio do caos social
Hoje não cantei, nem pranteei por nenhum mal
Meu choro é de felicidade, fato cheio de raridade
Me fez meditar o que sou: Apenas um poeta
Um alguém que anda com vísceras - esperando a morte
Alguém que vive aquém das superficialidades
Alguém intuído das verdades, e não o tal
Como um equilibrista eu seguro a mão do vento
E como unguento: Leio a vida, e escrevo seu meio
A pena da lei não me faculta justiça: Creio...
Ser apenas um simplório animal, que se faz poeta
Não um produto laboratorial: Fantoche comercial
Não vendo sonetos, nem vendo a alma poética