CORAÇÕES E SÍNCOPES
Juliana Valis




Olhe pra cima onde o amor habita,

Veja que o sol é tão excelso quanto

A luz que irradia a paz tão infinita

No coração, além de todo pranto !




Olhe pra si mesmo em cada tempestade

De dor, de luz ou de sublime fé,

Veja que o amor é o próprio sol que invade

A própria vida no que a alma quer...



Ah, nada é seguro nessa louca vida,

Tudo é futuro em brasas de canções

De esperança e fé no verso que elucida...



E tão sem calma, seus soturnos sonhos sós

Tornam-se síncopes de tantos corações

Nas profusões do amor já transbordando em nós !