_ Aos entes ausentes _
Saudade! Ai, que saudade dolorosa!...
Que ousa trespassar o entendimento,
No mais sombrio e lânguido sentimento,
Perpétua em rios de lágrimas chorosas!
A dor que experimento é estrondorosa...
Que implode — qual vulcão — o pensamento
Ao imaginar os mórbidos sofrimentos,
Que dilaceram a alma — estertorosa!
Na inglória, ainda sinto a contextura,
Ao relembrar os entes que partiram...,
Deixando-me num eflúvio inconsciente.
E exalo um aroma suave — de Ventura...
Que os sábios, os deuses e os anjos proferiram:
— Amar a Deus e orar aos entes ausentes!!
Pacco