CONVERSANDO COM INÊS

Quão inocente és me vendo assim,

Ó minha Inês, tu tens os beija-flores

Que ao ver-te se confunde com as flores

E vêm te visitar no camarim...

Tu abres as janelas; vês auroras;

Eu penso um pouco mais, fico tristonho

E os raios se transformam nos meus sonhos

No apagar das luzes nessas horas...

Talvez não vês em mim a minha dor,

E nem porque lamento tanto assim...

Não vês no meu jardim nenhuma flor...

Não vês a flor que morre dentro em mim...

Eu tenho no meu peito um grande amor

Que o vejo lá na curva do caminho.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 04/10/2016
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