CONVERSANDO COM INÊS
Quão inocente és me vendo assim,
Ó minha Inês, tu tens os beija-flores
Que ao ver-te se confunde com as flores
E vêm te visitar no camarim...
Tu abres as janelas; vês auroras;
Eu penso um pouco mais, fico tristonho
E os raios se transformam nos meus sonhos
No apagar das luzes nessas horas...
Talvez não vês em mim a minha dor,
E nem porque lamento tanto assim...
Não vês no meu jardim nenhuma flor...
Não vês a flor que morre dentro em mim...
Eu tenho no meu peito um grande amor
Que o vejo lá na curva do caminho.