Visceral

É que existe uma fome que rumina,

Bulina a alma que se faz inquieta,

Dieta quebra, a vontade culmina,

Vitamina-se ao corpo que a tieta.

É que permanece a fome que engole,

Dá mole o querer que a carne rasga,

Engasga a pele no toque que a bole,

Cole boca na boca e desengasga.

É que existe uma fome do teu alpiste,

Despiste gaiola, a tez arranha,

Apanha do cio que se arreganha.

É que existe uma fome que persiste,

Feito riste que suporta a cobiça,

Atiça a lasciva que a entranha eriça.

Uberlândia MG

Instagram: @raquelordones

http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 02/10/2016
Código do texto: T5779461
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.