O poeta e a sua realidade
Se o mar atinge o céu num gozo
Da ninfa que ama o capitão de um
Navio fantasma, a brisa traz o cheiro
De um arco-íris além do qual todo
Homem padece de uma realidade nu
Enquanto a realidade vem primeiro,
Por isso o poeta não põe a si na frente,
Antes dele vem a sua realidade onde
Se vê o universo além, pois antes
É um poeta e a sua vida esconde
Por trás dos sentimentos de quem vive,
Assim ele vai subindo uma escada para
A torre mais alta que puder e lá, livre,
Pode escrever e amar com sua pena rara...