Porque sou poeta
Se palpita o som da chuva
Num estampido de quem
Lambe o vidro de doce de
Leite, talvez o gosto da uva
Ou do suco de caju sem
Muito açúcar tenha um se
Entre as certezas da vida
Escrita, e, sabendo não
Viver, o poeta canta a lida,
Mas é mais sábio o coração
Que usa a ferida do amor
Que tem pelos outros do
Que quem prefere a dor
Feita no mundo de ação nu...