ZÊNITE

ZÊNITE

Se tu, página a página, a esta folha

Chegaste com o teu riso escarninho,

Talvez já nem te admires se adivinho

Que crês muito infeliz a tua escolha.

Contudo, tudo muda quando se olha

Quais as vicissitudes p'lo caminho,

Quer se escreva paixões em torvelinho

Ou um instante fugaz então recolha.

Lamento que tu não me saibas ler...

E, ainda que me venhas a esquecer,

Fica com estes versos que ora levas.

Penso apenas não ser problema meu.

Pois, mesmo o sol no céu em apogeu,

Pode não alcançar algumas trevas...

Betim - 03 03 1998