Soneto masoquista
Acusam-na, a dizer sempre pra mim
que seus defeitos são bem mais de cem,
não me interessa,o que me convém
é o prazer que ela me dá sem fim!
Cicuta e rosa num mesmo jardim,
uma é veneno,outra perfume tem,
se ela sai dos trilhos do meu trem,
eu vou atrás, ficar em ela é ruim;
Gosto dela que adora meu sufoco,
para matar-me falta às vezes pouco,
mas ela bate e eu boto pano quente,
Faça ela faça o que afinal quiser,
mas não deixe de ser minha mulher,
não impeça minha dor de ser contente!
Josérobertopalácio
Obs: Fiz algumas modoficações no soneto original sugeridas pelo mestre Riomar, granpoeta, com que muito tenho aprendido.
Obrigado, mestre.