Soneto masoquista

Acusam-na, a dizer sempre pra mim

que seus defeitos são bem mais de cem,

não me interessa,o que me convém

é o prazer que ela me dá sem fim!

Cicuta e rosa num mesmo jardim,

uma é veneno,outra perfume tem,

se ela sai dos trilhos do meu trem,

eu vou atrás, ficar em ela é ruim;

Gosto dela que adora meu sufoco,

para matar-me falta às vezes pouco,

mas ela bate e eu boto pano quente,

Faça ela faça o que afinal quiser,

mas não deixe de ser minha mulher,

não impeça minha dor de ser contente!

Josérobertopalácio

Obs: Fiz algumas modoficações no soneto original sugeridas pelo mestre Riomar, granpoeta, com que muito tenho aprendido.

Obrigado, mestre.

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 01/10/2016
Reeditado em 04/10/2016
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