À bruma o sonho, nós dois reais
Se os sonhos meus assim se me olvidassem,
ou mesmo eu dissolvesse-os refletindo,
e fossem qual fumaça ao céu infindo,
seria tão mais sóbrio quanto armassem
no éter só a brumosa tenda intátil.
Concreto, pregaria os pés à terra;
tão teso, qual semente que se enterra,
e estoura, e irrompe, a tudo o que é volátil
imprecaria, bruto como a pedra.
Medraria a ramada que ora medra
à cal, no trato orgânico-inorgânico,
também a mim. A planta que me escala
— eu, muro inerte —, é vão paralisá-la...
Ama-me mélica — eu, sal oceânico.