UM SONETO P'RA LENYRA
Com ar de brincadeira e com
muito carinho.
Tu estás magrinha feito um bacurau da serra,
Olhos grandes, observa com muita atenção,
Feito u'a coruja, que à tardinha aninha a terra,
Quando à noitinha... Vai cantar na escuridão!
Sempre aparece no "Face" penteadinha,
Rosto redondo, sob o queixo põe à mão,
Porém subtil e bela, toda engraçadinha,
Mostra os dentes, e o corpinho de pilão!
Alexandrino são versos que não componho,
"Lenyra" eu compus este, é p'ra ti mi'a poetisa,
Por que pediste, tu disseste que foi sonho!
Não se avexe, pois o teu, tu já já batizas,
É rabiscar, brincar, só não faça o medonho,
Em breve, esse sonho, já já tu realizas!