SONETO DA REFLEXÃO
Uma"folha em branco"...eis a aridez existencial
O ser debutante a vida adulta,de tão teórico
Romantiza ao extremo aquilo que se pressupõe vital
Falta-lhe um olhar mais humano,menos metódico
Esse vício de ser apuradamente racionalista
De certo o torna alheio a crua e imponente realidade
O mundo concreto e desigual pede uma faceta simplista
Longe do preciosismo e surto de intelectualidade
O "Viver" exige o saber sensível, empírico deflagrado
Furtando-se dos devaneios, da efervescência utópica
Se não o sujeito cerebral transforma-se em retrógrado
Há a primazia de se pisar sóbrio sobre o firmamento
As problemáticas sociais pedem uma atitude pragmática
Urge o ato de exteriorizar o produto do pensamento