Soneto do Revoltado

Quando me calo dou ainda mais voz

Ás falas que me tentam destruir.

Não vou calar, não vou me humilhar

Pelo pouco que todo mês nos faz rir.

Colar nos lábios um riso desgraçado,

Com um medo constante do por vir.

Vou dizer neste ar profanado

Que nem tudo que esta feito, acabado,

Não se pode reconstruir.

Se dar por vencido ou vitimado

É um hábito que não vou seguir.

Prefiro de longe o céu alagado

Do que o dia nublado

À luz do sol nos suprimir.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 24/09/2016
Reeditado em 02/04/2018
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