SEROTONINA...

Em lúdico roteiro o dia se amanhece

Esquece toda sua negreira madrugada

Em que passeia ao céu a pérola sagrada

Com seu alvorecer no rubro lábio em prece...

Depois esvai-se azul vermelho, e amarelece

E do horizonte esconso à abóbada rasgada

Redonda, surge estrela num azul de fada

Que cobrirá seu dia até o fim na messe...

Chegando o entardecer recolherá a tarde

Debalde o seu crepúsculo fazendo alarde

Tentar permanecer nos olhos da menina...

E assim fascina o tempo antigo ao Homem

Que agora só, as desventuras o consomem

Restando a noite em busca da serotonina...

Autor: André Luiz Pinheiro

24/09/2016