HUMILDE PRIMAVERA...

Do amanhecer o sol iluminando um galho

Ao galho de um Ipê cantando o Bem-te-vi

No Ipê as flores rosas, vejo-o desflorir

Perfume às mãos do vento, meu olhar espalho...

Da imensidão azul e branca o agasalho

No íntimo dos verdes, flores a surgir

E surge de repente um leve colibri

Estremecendo as flores, tomba ao chão orvalho...

Assim o tempo marca no relógio mudo

As silenciosas marcas transformando tudo

E o que se foi no adeus agora é só espera...

Sentindo em mim sutil passando as estações

O meu olhar se perde nas contemplações

E humildemente encontra outra primavera...

Autor: André Luiz Pinheiro

21/09/2016